Já faz tempo que estava pensando neste post, e como ontem foi o dia mundial da biodiversidade achei o motivo que precisava. Quero muito dividir com vocês o que mais me encanta no Canadá, além de tudo que vocês já sabem.
Até por isso fotografo tudo que atravessa o meu caminho: formigas, brotos e até as pedras multicoloridas das praias geladas. Troco a lente para aproximar o verde, a neve, os alces e todo um ecossistema que transborda. Pessoas extremamente urbanas também precisam ter esse contato longe do asfalto. Sou o melhor exemplo disso e falo com propriedade de quem nunca poderia se imaginar perdendo tempo atrás de corujas ou especulando a origem dos esquilos pretos de Ontário.
A biodiversidade deste país me transforma a cada dia. Aprendi a ter um olhar observador mais apurado. Percebi que toda vez que o corvo pousa na árvore do meu quintal o tempo vai mudar. Peguei o gosto pela terra, fiz uma horta dentro de casa com produção ininterrupta pelos doze meses. Minhas orquídeas também.
Superação
Eu, que morria de medo de insetos e outros bichos voadores, já não me reconheço. Na prática vamos entendendo o papel de cada ser – por menor ou maior que seja – para
que a sinfonia seja perfeita. As minhocas que passeiam pela terra densa são tão essenciais quanto as lontras e marmotas que guardam as águas dos inúmeros rios e lagos que cortam o Canadá.
Atlântico e Pacífico
Temos também os grandes lagos: o maior conglomerado de água doce do mundo e o segundo maior em volume.
Os lagos canadenses são, de fato, coisa de outro planeta: água cristalina, gigantescos, profundos e com uma visão de horizonte sem fim que faz você jurar que é o mar. Em alguns você tem até ondas e forte correnteza.
O Canadá é muito mais que qualidade de vida e segurança. Mas isso você só descobre vivendo aqui. 🍁